terça-feira, 12 de abril de 2016

Anti-inflamatório ou antiinflamatório?

Esse é mais um problema com o hífen, que parece ser o campeão em dúvidas da nova ortografia (ou acordo ortográfico).
Em casos de palavras em que o primeiro termo termina com a mesma vogal a qual inicia o segundo, utilizamos o hífen: anti-inflamatório (o mesmo para micro-ondas).
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Então guarde isso: se a última letra do primeiro termo e primeira letra do segundo termo  são iguais, usamos o hífen. Se são diferentes, não usamos. (lembrando que estamos tratando de vogais aqui).

Aprenda: Bem-Vindo, Bem Vindo ou Benvindo?

Essa é uma das grandes confusões da nova ortografia (ou acordo ortográfico, ou nova gramática para alguns).
A questão é que o acordo ortográfico possui um monte de cláusulas e várias exceções.
bem-vindo é uma delas (que aliás se escreve exatamente assim: bem-vindo – com hífen).
As novas regras para o hífen dizem que para os advérbios mal e bem só usaremos o hífen caso a palavra seguinte comece com uma vogal ou com a letra “h”. Um exemplo é “benfeito” (que agora se escreve assim).
“A atual 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico grafa bem-vindo como a única forma correta de escrita da palavra.”

Resumindo, o “bem-vindo” é uma das inúmeras exceções das várias regras novas.

Micro-organismo ou microorganismo?


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Essa é mais uma das inúmeras dúvidas quanto ao uso de hífen.
Já foi publicado em vários outros posts a mesma dica para casos como esse: basta lembrar que se as letras que se encontram na junção dos dois termos forem vogais e iguais, usamos o hífen. Se forem vogais diferentes, não usamos o hífen.
Resumindo: o correto é escrever micro-organismo
Essa mesma regra se aplica a anti-inflamatório e micro-ondas, por exemplo.

Curiosidades interessantes sobre a Nova Ortografia – Quase Tudo Sobre Ela!

Logo quando começou a se falar sobre a implantação do novo acordo ortográfico, a principal mensagem veiculada foi: “unificar é preciso”. E aí vem a maior curiosidade em relação a este novo acordo: mas, por quê?
Sabemos que um mesmo idioma falado em vários países sofre adaptações locais, principalmente no que tange ao vocabulário e sotaque, mas, no caso específico do português, foram oficializadas duas línguas grafadas de modo diverso (uma de raiz europeia e outra de raiz brasileira), logo, praticamente dois idiomas. Isso vinha dificultando as relações burocráticas e interpessoais entre os países, por esta razão decidiu-se que seria mais benéfico para todos diminuir a distância entre estas duas raízes, unificando regras capazes de facilitar a comunicação.
Mas não pensem que chegar a essa acordo foi fácil ou rápido. Para se ter uma ideia, o acordo original é de 1990! Isso mesmo: foram quase vinte anos para se chegar a uma decisão sobre sua aplicação, que começou a vigorar em 2009. No Brasil, as regras do novo acordo seriam integralizadas em 2013, mas o prazo foi adiado para 2016. Isso dá aos retardatários mais três anos para se adaptarem. Quem ainda não se inteirou sobre as novas regras, não precisa se preocupar: apesar da resistência inicial (gerada por toda mudança), o que poucos sabem é que apenas 0,5% das palavras tiveram a grafia modificada. Quase nada…
Outra curiosidade importante: as mudanças são somente na grafia. Não há mudança no vocabulário, sintaxe ou pronúncia. Ou seja: os significados das palavras continuam os mesmos e os usos locais serão mantidos; o modo de construir frases – a sintaxe – também não será alterado; o mesmo vale para a pronúncia, e o esforço para não alterá-la ajuda a entender algumas das novas regras.
Muitas palavras existentes nas raízes europeia e brasileira são grafadas de modo distinto dada a presença de consoantes mudas ou não. Este é, por exemplo, o caso de herva (erva), adopção (adoção) e muitas outras palavras cujas consoantes mudas deixarão de existir. Nos casos em que esta consoante “a mais” é pronunciada, será mantida a dupla grafia, caso de amnistia (anistia), facto (fato), etc. Como os casos de dupla grafia por consoante muda são mais abundantes na raiz europeia, esta será mais afetada neste aspecto.
Outra curiosidade é a formalização das letras K, Y e W no alfabeto, antes consideradas “letras estrangeiras”. As três letras agora integrarão oficialmente o alfabeto, que passa a ter 26 letras, e não mais 23.

Quais são os países que falam português?

Quais são os países que falam português?


Localização dos países que falam português
Devido a colonização de diversos países promovida por Portugal no passado, o português é hoje a língua oficial de vários países. Saiba quais são eles (é interessante, pois todos agora fazer parte da nova ortografia):
PortugalMoçambiqueGuinea EquatorialGuiné BissauTimor LesteAngolaBrasilCabo Verde

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  • Brasil
  • Moçambique
  • Angola
  • Portugal
  • Guiné-Bissau
  • Timor-Leste
  • Guiné-Equatorial
  • Cabo-Verde
  • São Tomé e Príncipe
  • Macau
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Abaixo segue um vídeo com algumas ex-colônias portuguesas:

História da língua portuguesa

Bem antes de acontecer a reforma ortográfica (ou acordo ortográfico) da língua portuguesa – e salientemos o “bem antes”, o português era muito diferente do que é hoje. Na verdade tinha até outro nome que muitos devem conhecer: latim.
O latim é a língua mãe de todos os idiomas latinos (óbvio, não é?). Dentre esses, estão o português, francês, espanhol e italiano.
O latim, hoje, é uma língua chamada de morta. Mas é óbvio que ainda é utilizado em alguns casos, como pela igreja católica e por juristas pelo mundo. Mas já houve uma época em que era uma das línguas mais faladas no mundo, e isso por causa do Império Romano, cujo latim era o idioma oficial.
Mas é claro que o latim sofreria modificações, pois Roma se baseava na conquista e expansão, dominando vários povos ao seu redor e, esses, obviamente acabavam criando dialetos devido a sua língua antiga.
Essas foram as bases para o surgimento do português e outros idiomas derivados do latim.
Mas não só isso: o fato do Império Romano ter caído, foi o golpe final para a oficialização dos outros idiomas latinos.
Assim a Europa se dividiu entre idiomas latinos e germânicos. Isso porque os povos do norte dominaram boa parte do Império Romano ocidental, e sua língua foi absorvida, surgindo assim o alemão, inglês, holandês e outras línguas germânicas.
Com o passar dos anos, o latim em seus diversos países foi sendo modificado, surgindo, dentre outros, o português.
Mas o português de antigamente ainda era bem diferente ortograficamente e gramaticalmente do que é hoje. É claro que entenderíamos quase tudo, mas que era diferente era. Até pouco tempo atrás, para se ter idéia, farmácia – por exemplo – se escrevia assim: Pharmacia.
Portugal então colonizou o Brasil e instituiu o português (assim como diversas outras colônias portuguesas). Porém, o mesmo efeito do latim aconteceu com a língua portuguesa: foi sendo levemente modificada por influências nativas dos povos colonizados.
É aí que entra o acordo ortográfico, pois os países que falam português possuíam gramática e ortografia quase idêndicos, então, por que não oficializar um único idioma, com uma única forma de escrever e elaborar sentenças?
Essa foi a forma para fortificar e enriquecer a língua portuguesa, a qual é amplamente falada em várias partes do mundo.