sexta-feira, 26 de abril de 2024

dica de leitura!

A ARTE DA SABEDORIA

Cada vez se recorre mais aos clássicos como 'livros de aconselhamento', que nos ajudam a refletir, meditar sobre nossas crenças e atos: Maquiavel, Marco Aurélio, Dante, centenas de autores são ressuscitados por nossa curiosidade ou sede de saber. 
Ou em nosso esforço pela estrada do autoconhecimento.

Este livro - A Arte da Sabedoria - é de autoria de Baltasar Gracián (1601-1658), teólogo e filósofo jesuíta do período conhecido como o 'Século de Ouro Espanhol'.

São 370 ensinamentos que cobrem vários temas e a obra foi pensada como um manual para orientar as pessoas comuns em todo tipo de desafio e circunstâncias da vida.

Aqui vão dois deste conjunto, a título de 'aperitivo' para os leitores:

298: "TRÊS COISAS FAZEM MARAVILHAS e estão no auge da verdadeira nobreza: inteligência fértil, juízo profundo e gosto apurado.
Idealizar é um grande dom, mas o talento maior é raciocinar e compreender bem.
A inteligência deve ser aguçada, não laboriosa. Deve residir na cabeça, não na espinha dorsal.
Quando se tem 20 anos, reina a vontade;
aos 30 anos, a inteligência;
aos quarenta o juízo.
Existem inteligências que lançam luz, como os olhos do lince, e raciocinam melhor na maior escuridão: sempre descobrem o que é mais relevante.
As coisas boas acontecem a elas com frequência. 
Ó feliz e fértil inteligência! Já o bom gosto, sempre dá mais sabor à vida".

295: "NÃO SEJA EXIBICIONISTA, MAS ALGUÉM 'QUE FAZ'.
Os exibicionistas são os que mais se orgulham de seus atos e os que menos têm razão para isso.
Transformam tudo em mistério, e o fazem sem pudor: camaleões de aplausos, tornam-se facilmente alvo de galhofa.
A vaidade sempre irrita e esse tipo de comportamento sempre traz desdém. 
Algumas pessoas são como mendigos da honra, desejando acumular façanhas. 
Você deve mostrar o mínimo de vaidade sobre seus naiores talentos.
Contente-se com o fazer. Ofereça os seus feitos, não os venda: não use pena de ouro para escrever com.lama, ofedendo o bom senso.
Aspire ser heroico em vez de apenas parecer".

(trechos da edição brasileira da Pé de Letra, 2921)

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